“Estou aqui porque acredito em vocês!”; “Eu sou a Constituição e quero um Supremo e um Congresso aberto e transparente”; “Estão querendo incendiar uma Nação que AINDA está dentro da normalidade.”. Estas foram palavras ditas pelo presidente da República, no domingo e na segunda-feira. A primeira frase ele proferiu em discurso feito durante a manifestação antidemocrática promovida no último domingo por um punhado de gatos pingados. As duas últimas já na segunda-feira de manhã após ter levado um “gato” dos ministros militares, o que se traduziu em nota divulgada na noite de ontem pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, reafirmando respeito total á Constituição Federal. O problema é que o presidente não sabe viver sem um antagonismo. Ele tem de aparecer de alguma forma, brigando com alguém. É claro que agora, extrapolou quando apoiou uma manifestação que remete explicitamente contrária à democracia. O recuo do presidente não nos dá alívio, mas sim nos envergonha de ter um presidente tão incompetente e despreparado para o cargo. Não alivia porque não nos preocupa, pois, a atitude do chefe do Poder Executivo é simplesmente ridícula, sem respaldo popular e que colheu o repúdio de todos os demais poderes da República, sendo coroado com a afirmação das lideranças militares de que não há risco de ruptura democrática. Para demonstrar em definitivo que as reiteradas atitudes antidemocráticas do presidente e de alguns dos seus filhos não têm guarida em nenhum segmento dos poderes, o Procurador Geral da República, Augusto Aras, solicitou ao STF – Supremo Tribunal Federal, abrir investigação sobre a participação de deputados federais e empresários na organização das manifestações ocorridas no último dia 19 e que teve a participação do presidente da República. A iniciativa de Aras teve o apoio de todas as autoridades no sentido de dar a entender a todos que essas loucuras promovidas por Bolsonaro têm de cessar, principalmente em respeito ao grave momento de crise por que passa o Brasil. Não poderia haver coincidência mais nefasta para Bolsonaro do que o repúdio que recebe neste dia 21 de abril, quando se comemora exatos 231 anos da morte do maior herói brasileiro, Tiradentes, precursor das lutas pela liberdade no Brasil.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 21 DE ABRIL DE 2020)
Nenhum comentário:
Postar um comentário