Foto: Ilustrativa
Em face dos constantes devaneios do nosso presidente da República, ficamos com a impressão de que o país está acéfalo. Mas, não. O Brasil, em sua peculiar versatilidade, conserta as coisas automaticamente. Nesse tempo de Pandemia do Coronavírus e de crise política, descobrimos que podemos viver perfeitamente sem o comando de um presidente maluco. O Brasil, ao invés de estar acéfalo, está mesmo é multicéfalo. Felizmente, enquanto Jair Bolsonaro, igual a um raizeiro, receita cloroquina contra a COVID-19; passeia de jet sky e recomenda o fim do isolamento social, temos um Congresso Nacional comandado por Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal e por Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, unidos aos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal, que controlam as ações nefastas desse governo desastrado. Somado a isso, temos governadores responsáveis e capazes, a exemplo dos comandantes dos dois maiores Estados da Federação, João Dória em São Paulo e Wilson Witzel, no Rio de Janeiro que, no combate à terrível doença, estão seguindo os protocolos determinados pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Governo de fancaria
Jair Bolsonaro comanda um governo sem coordenação no âmbito federal e que, temeroso de cair, age em medida protetiva, promovendo a temerária militarização de seus quadros, demonstrando preocupação apenas em se manter no cargo e tudo isso em detrimento da saúde da população.Dois ministros da saúde já foram defenestrados de seus cargos pela falta de sintonia com o pensamento presidencial. O verde-oliva se impõe, pois temos agora um general comandando – interinamente -, a pasta da saúde e que, conjuntamente com o presidente, elaboram um novo protocolo de combate à COVID-19. A sociedade aguarda essa nova “bula” do presidente e o STF já avisou que se for aposta no papel qualquer recomendação que atente contra a saúde da população, será barrada por aquele Tribunal. Alguma coisa ficou evidente nesse tempo de Pandemia: não precisamos de Bolsonaro para nada e que seu governo de fancaria lhe basta para suas maluquices.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 19 DE MAIO DE 2020).
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