ADULTÉRIO
A ruptura da fidelidade conjugal já se constituiu um crime gravíssimo, imperdoável e passível de punições crudelíssimas. Através dos séculos o adultério - de acordo com diversas legislações -, era reparado das mais diversas formas, sempre com severas punições. Para esse ato condenável, eram reservadas penas das mais cruéis. Ao longo dos tempos o adultério praticado pelos homenssempre foi hipocritamente tolerado, porém, quando se tratava do ato praticado pelas mulheres, a situação se complicava. Entre os judeus, a infidelidade feminina era punida, - segundo alei de Moisés praticada pelos rabinos -, com o estrangulamento da infeliz mulher, porém, com o advento dos Evangelhos, sob o ensinamento de São João, o adultério cometido pelas mulheres judias passou a serpunido com o apedrejamento da adúltera até a morte. No Egito, as mulheres que traíam seus maridos eram castigadas com a mutilação do nariz. Na Índia, a esposa que adulterava era lançada aos cães, para que fosse devorada e o cúmplice, queimado vivo. No Nordeste brasileiro, até em tempos recentes, mulheres que se deitavam com homens que não eram seus esposos, quando não eram punidas com a morte, eram despachadas para “fazerem a vida” nos cabarés. Para o homem, nas várias culturas do mundo, se registram pouquíssimos casos de punições. Pelo menos no Brasil dos tempos de hoje, as mulheres casadas já quase alcançam os mesmos direitos dos homens, ou seja, podem botar cangalha com mais tranquilidade, pois, no mais das vezes, os maridos perdoam, ou fazem vistas grossas (dependendo de quem seja o “urso”) com medo da lei “Maria da Penha”.Enquanto ao longo do tempo o castigo às mulheres infiéis se traduzia em exacerbada violência, os pobres dos maridos traídos eram as verdadeiras vítimas, uma vez que, além dos chifres que lhes enfeitavam a cabeça para sempre, ficavam estigmatizados como “cornos”, ridicularizados como impotentes e humilhados perante a sociedade. Hoje, a coisa mudou. Conforme depoimento de alguns que foram vítimas de traição, dizem que é como dor de dente: dói, mas passa.
DSMR, em 02 de junho de 2020.
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