ODE

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

EM JUNCO DO SERIDÓ/PB O CORONA FECHA A IGREJA E ABRE O CABARÉ

 


A indignação do padre Luiz, vigário da cidade paraibana de Junco do Seridó, é perfeitamente justificável. Nesse tempo de Pandemia, a hipocrisia campeou. Enquanto os estabelecimentos comerciais e de serviços (inclusive o Cabaré), estavam “fechados”, proibidos de funcionar, seus proprietários abriam meia-porta e recebiam seus clientes de forma clandestina, sob as vistas grossas e complacentes das autoridades. Enquanto isso, as Igrejas - que não podem cometer esse pecadilho do faz-de-conta -, permaneceram fechadas e, portanto, sem apurar. Duplamente prejudicados, os templos, quando também impedidos de sua precípua atividade, que é o salvamento das almas pecadoras, estavam estas livremente expostas à devassidão e privadas do lenitivo do perdão, para pecar de novo. Padre Luiz tem razão. Com a reabertura temporã das Igrejas, o acúmulo de pecados se faz sentir nos confessionários, o que aumenta em muito a mão de ora dos padres, os deixando verdadeiramente indignados. Fica o recado do vigário do Junco, que já estava “poraqui óia”, e o aviso de que, da próxima vez: “óia o dedinho!”.


DSMR, EM 20 DE AGOSTO DE 2020.

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