DELLANO E A FEIRA
Antônio Neves Santos, conhecido hoje como Dellano, era também
chamado por Antônio de Cláudio ou, simplesmente, Caxita. É um homem de uma
presença de espírito formidável, piadista e contador de histórias. Muito
engraçado, “zona” com todo mundo e até com si próprio. Certa feita, num dia de
sábado, saiu de casa para fazer a feira de frutas e verduras. Chegando no
quadro da rua, procurou a banca mais movimentada e começou a escolher os
produtos que lhes interessavam. Terminada essa etapa, mandou a dona da banca
fazer a conta. Esta, muito ocupada, enquanto somava com uma pequena
calculadora, era chamada e perguntada por muitos outros fregueses. Atordoada,
informou a Dellano o total da conta e, imediatamente dispôs-se a atender outro
freguês. Dellano pôs tudo numa sacola e ficou, de pé, a olhar para a vendedora.
Ao tomar uma fuga, a mulher lhe perguntou o que esperava, e encetaram o
seguinte diálogo:
- E o senhor, já foi atendido?
- Fui sim, estou esperando o troco.
- Quanto o senhor me deu?
- 100 reais e as compras totalizaram 37 reais, a senhora me
deve de troco 63 reais.
- Ah bom.
A vendedora deu o troco a Dellano, agradeceu a preferência e
este, saiu com as sacolas cheias e o bolso ainda mais. Além de fazer a feira,
lucrou 63 reais. Isso tudo somente para “zonar” com a vendedora, pois, no
sábado seguinte devolveu o dinheiro e conseguiu um baita desconto na feira que
fez.
DSMR, EM 11 DE SETEMBRO DE 2020.
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