ODE

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ADEUS, ANO FATÍDICO

 



Ano fatídico, ano perdido. 2020 vai ficar marcado na história como um período de grandes agruras para todo mundo. A Pandemia do Novo Coronavírus mudou tudo, ensinou-nos a viver diferente e nos privou do que estávamos acostumados. A Semana Santa não aconteceu; o São João não existiu; não tivemos Natal, comemoração alguma houve. O calor humano, próprio dos brasileiros, foi posto em quarentena. Por conta da Pandemia, tivemos perdas não somente de vidas – quase 200.000 pessoas morreram vítimas da Cocid-19 -, mas perdas na economia também, o que apresentará seus resultados e efeitos nefastos ao longo dos próximos anos. O Brasil foi mais penalizado do que alguns outros países quando não teve, da parte do Governo Federal, uma atenção mais efetiva no sentido de combater a doença. O nosso presidente da República, negacionista desde o início, sempre considerou a Covid-19 como algo irrelevante, uma “gripezinha” e com isso, contribuiu sobremaneira para o aumento dos efeitos desse mal. Na verdade, temos muito pouco a registrar sobre o que aconteceu nesse maldito ano de 2020. Tudo foi proibido ou adiado. Aconteceram as eleições municipais, que em Princesa, foram talvez as mais diferentes já havidas, tanto pela atipicidade da campanha, como também pelo alto investimento financeiro para a consecução de votos. Foi reeleito prefeito um candidato inelegível e uma bancada de vereadores, em sua maioria descompromissada com os interesses da sociedade. Mas, tudo isso não poderia ser diferente num ano em que quase tudo deu errado. O desemprego cresceu; a inflação subiu; o desmatamento e as queimadas em nossas florestas aumentaram; o presidente Bolsonaro falou mais besteiras do que no ano anterior; a olimpíada foi adiada; os estádios de futebol funcionaram vazios de público; os mortos foram enterrados como indigentes, sem velório; uma verdadeira tragédia. De lucro, tivemos a reinvenção da vida, quando a virtualidade digital comandou a parada. É claro que o tempo não para nem se faz diferente apenas por uma nova sequência do calendário, mas torcemos para que, com 2020, vão embora todas as agruras de que fomos vítimas nesses 12 meses malditos e que venha um Ano Novo, com a perspectiva da vacina salvadora, para que tudo volte ao nosso novo normal. Adeus ano velho!

 

DSMR, em 31 de dezembro de 2020.

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