No momento atual da política princesense, convergem, contra o
doutor Alan Moura, tanto a oposição de cima quanto a de baixo. Em face da
entrevista concedida pelo Procurador Regional Eleitoral, doutor Rodolfo Alves -
quando afirmou este que, em caso de impugnação de registro de candidaturas
antes da realização das eleições, devem ser nulos os votos do candidato
impugnado e não a eleição -, fica claro (no entender do douto procurador) que,
no caso de Princesa, deverá ser diplomado e empossado, o candidato segundo
colocado, no pleito do último dia 15 de novembro. É claro que o julgamento
final caberá ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral, porém, prevalecendo esse
entendimento lógico, o que se vislumbra é que o candidato, Alan Moura, seja
ungido prefeito de Princesa. É claro também, que essa situação não agrada ao
prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, tampouco ao ex-candidato do PSDB, José
Sidney Filho (hoje representante da Terceira Força). O que ambos desejam, no
momento, é que aconteça uma nova eleição.
Entre dois cocos, catolé
Existem, na política de Princesa, muitas coisas, por debaixo
dos panos, de que a população sequer tem conhecimento. Falam, a boca pequena,
da existência de um acordo tácito (pré-eleitoral), entre o atual prefeito e o
então candidato do PSDB de que, em havendo impugnação da candidatura do
primeiro, este apoiaria o segundo para substituí-lo nas urnas. Inicialmente, o
suposto acordo não foi cumprido, quando Nascimento insistiu – mesmo impugnado e
afrontando uma decisão judicial -, em concorrer ao pleito. Agora, na iminência
de o prefeito ter seus votos definitivamente anulados pelo TSE, Sidney Filho
torce para que aconteçam novas eleições, na esperança de receber o apoio do
candidato impugnado. Engana-se, este, duplamente. Primeiro, porque, como vimos,
no entendimento do Procurador, serão nulos apenas os votos do candidato
impugnado; segundo porque, mesmo que houvessem novas eleições, os cochichos dão
conta de Nascimento jamais o apoiaria. Daí a constatação de que, a jogada do
prefeito foi de mestre, quando, além de calar a boca dos peessedebistas,
dividiu as oposições de forma incontornável. O problema é que nenhum dos dois
(Nascimento e Sidney Filho), contavam com a impugnação da candidatura do
prefeito, tampouco com a ascensão do Moura à condição de Segunda Força
eleitoral de Princesa. Agora, o trunfo é paus.
DSMR, em 1º de dezembro de 2020.
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