A eventualidade de uma nova eleição em Princesa, traz novas
perspectivas quanto ao resultado das urnas. No pleito realizado em 15 de
novembro último, o eleitorado posicionou-se, em sua maioria, favorável à
candidatura do prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, quando um pouco mais da
metade do eleitorado votou no candidato do Cidadania. A outra quase metade,
optou por sufragar os nomes dos candidatos, Alan Moura (Democratas) e Sidney
Filho (PSDB). Caso aconteça uma eleição suplementar, o quadro que resultou das
urnas recentemente, poderá sofrer significativas mudanças. A considerar que o
prefeito não poderá mais concorrer, este, certamente indicará um preposto que,
desobrigado dos compromissos por ele assumidos, poderá não sensibilizar o
eleitorado que tão “fielmente” sufragou o nome de Nascimento. Ademais, no grupo
liderado pelo prefeito, não se vislumbra nenhum quadro com o perfil de
aglutinar todos os interesses daquela agremiação partidária. O que se sabe já,
é que não há consenso sequer quanto à escolha do próximo presidente da Câmara
Municipal. Em caso do defenestramento do chefe, pela Justiça Eleitoral, a
situação tende a se agravar mais ainda. Isto posto, depreende-se que o parto de
um candidato ideal para substituir o impugnado, deverá ser a ferro e com
resguardo complicadíssimo.
Enquanto isso, nas oposições
Já do lado das oposições – que se digladiam -, os problemas
se restringem somente à impossibilidade de conviverem pacificamente. Entre os
dois grupos (Moura/Diniz), é notória a incompatibilidade que se arrasta desde a
pré-campanha eleitoral. Houvesse juízo e verdadeiro amor por Princesa, se
uniriam as duas facções oposicionistas e, certamente, derrotariam o candidato
imposto pelo prefeito. Essa oportunidade se apresenta quase que como um segundo
turno, o que, pela lógica, deveria o terceiro colocado unir-se ao segundo e,
juntos, marcharem com o intuito de derrotar o primeiro. Na verdade, melhor
seria que o TSE resolvesse de uma vez, determinando a diplomação do candidato
colocado em segundo lugar. Afinal, se foram nulos os votos dados ao prefeito - e
isso ocorreu com pleno conhecimento, tanto do candidato quanto dos eleitores
que nele votaram -, nada mais justo do que poupar o eleitorado de, nesse tempo
de Pandemia, comparecer novamente às urnas, submetidos a outra extenuante e
caríssima campanha. Se nulos foram somente os votos dados a Nascimento, não o
foi também a eleição. Se isso aconteceu, foi provocado – com dolo -, pela má
fé, pela propaganda enganosa e pela afronta à justiça. Afinal, a
autossuficiência, somada à impunidade, fizeram Ricardo Pereira do Nascimento
errar mais uma vez.
DSMR, em 04 de dezembro de 2020.
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