ODE

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

DE NOVO ÀS URNAS?

 



A eventualidade de uma nova eleição em Princesa, traz novas perspectivas quanto ao resultado das urnas. No pleito realizado em 15 de novembro último, o eleitorado posicionou-se, em sua maioria, favorável à candidatura do prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, quando um pouco mais da metade do eleitorado votou no candidato do Cidadania. A outra quase metade, optou por sufragar os nomes dos candidatos, Alan Moura (Democratas) e Sidney Filho (PSDB). Caso aconteça uma eleição suplementar, o quadro que resultou das urnas recentemente, poderá sofrer significativas mudanças. A considerar que o prefeito não poderá mais concorrer, este, certamente indicará um preposto que, desobrigado dos compromissos por ele assumidos, poderá não sensibilizar o eleitorado que tão “fielmente” sufragou o nome de Nascimento. Ademais, no grupo liderado pelo prefeito, não se vislumbra nenhum quadro com o perfil de aglutinar todos os interesses daquela agremiação partidária. O que se sabe já, é que não há consenso sequer quanto à escolha do próximo presidente da Câmara Municipal. Em caso do defenestramento do chefe, pela Justiça Eleitoral, a situação tende a se agravar mais ainda. Isto posto, depreende-se que o parto de um candidato ideal para substituir o impugnado, deverá ser a ferro e com resguardo complicadíssimo.

Enquanto isso, nas oposições

Já do lado das oposições – que se digladiam -, os problemas se restringem somente à impossibilidade de conviverem pacificamente. Entre os dois grupos (Moura/Diniz), é notória a incompatibilidade que se arrasta desde a pré-campanha eleitoral. Houvesse juízo e verdadeiro amor por Princesa, se uniriam as duas facções oposicionistas e, certamente, derrotariam o candidato imposto pelo prefeito. Essa oportunidade se apresenta quase que como um segundo turno, o que, pela lógica, deveria o terceiro colocado unir-se ao segundo e, juntos, marcharem com o intuito de derrotar o primeiro. Na verdade, melhor seria que o TSE resolvesse de uma vez, determinando a diplomação do candidato colocado em segundo lugar. Afinal, se foram nulos os votos dados ao prefeito - e isso ocorreu com pleno conhecimento, tanto do candidato quanto dos eleitores que nele votaram -, nada mais justo do que poupar o eleitorado de, nesse tempo de Pandemia, comparecer novamente às urnas, submetidos a outra extenuante e caríssima campanha. Se nulos foram somente os votos dados a Nascimento, não o foi também a eleição. Se isso aconteceu, foi provocado – com dolo -, pela má fé, pela propaganda enganosa e pela afronta à justiça. Afinal, a autossuficiência, somada à impunidade, fizeram Ricardo Pereira do Nascimento errar mais uma vez.

DSMR, em 04 de dezembro de 2020.

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