ODE

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

SOMENTE PRINCESA E ÁGUA BRANCA REELEGERAM SEUS PREFEITOS, AS DEMAIS CIDADES DA REGIÃO TERÃO NOVAS GESTÕES.

 



As eleições municipais do último dia 15 de novembro, na região polarizada por Princesa, trouxeram uma renovação de, aproximadamente, 70% dos prefeitos eleitos. Enquanto Princesa e Água Branca reelegeram seus administradores, Juru, Tavares, São José de Princesa e Manaíra, escolheram novos nomes para as cadeiras de prefeitos. Começando do lado oeste para o leste, em Água Branca, foi reconduzido o prefeito Tom Firmino que, com uma maioria elástica para os padrões daquela comuna, em face de haver comandado um primeiro governo de forma razoável, foi reeleito, desbancando mais uma vez seus primos, pertencentes ao mesmo clã que governa Água Branca desde sua fundação, em 1959. Em Juru, sob as bênçãos do prefeito Luís Galvão e da primeira-dama, Dorinha Galvão, foi ungida por estes, como candidata, a primeira mulher para comandar aquela cidade e, numa demonstração de que o trabalho de Galvão foi profícuo, o povo elegeu prefeita a vereadora Solange, com ampla maioria. Já o município de Tavares, em promoção de um concerto político impensável, o atual prefeito, Ailton Suassuna, apoiou seu adversário da campanha anterior e elegeu, Coco de Odálio, empresário do ramo da construção civil, com uma maioria inesperada. Em Princesa, como é sabido, foi reeleito o prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento que, beneficiado com a divisão das oposições, obteve êxito nas urnas (ainda questionado na justiça), com uma maioria bem menor (623 votos), do que a obtida na eleição de 2016 (900 sufrágios). Em São José de Princesa, cumprindo a tradição que remonta à sua fundação, em 1996, o grupo liderado pelo ex-prefeito Luís de Matuto, elegeu o filho deste, Juliano Matuto para comandar os destinos daquela cidade até 2024. Em Manaíra, único município da região em que o prefeito não conseguiu ser reeleito, em que pese haver feito uma boa administração, o prefeito Nel não logrou sucesso nas urnas, quando foi derrotado pelo médico, doutor Messias Simão. É claro e inquestionável para todos que, quando a urna fala, revela a vontade popular. Porém, é sabido por todos também que eleições no interior do Brasil (principalmente na Paraíba), são movidas, principalmente, pelo poder financeiro. Ademais - salvo raras exceções -, é praxe de quem está no poder, levar descomunal vantagem em relação aos postulantes solteiros desse benefício. Mesmo assim, ninguém tem do que lamentar, urna fechada, voto incinerado e bola pra frente. Resta agora, apenas torcer para que os eleitos deem certo.

DSMR, em 29 de dezembro de 2020.

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