ODE

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O DEDÃO DE NEY

 



Semana passada, vimos, pelas redes Sociais, uma cena hilária e, ao mesmo tempo, ridícula. O ex-senador, Ney Suassuna, entrevistado sobre o estado de saúde do ex-governador José Maranhão – acometido da Covid-19 e internado em São Paulo -, após desejar melhoras ao correligionário político, descuidadamente, sem saber que a câmera continuava ligada, estirou o dedão do meio, num gesto desprezível endereçado ao doente. Na verdade, esse comportamento, prática contida de extrema hipocrisia e falta de educação e compostura, é uma praxe na política nacional. Há quem diga que quase todos guardam uma pedra no bolso para jogar naqueles que lhes serviram no passado. A lógica da política é única. O substantivo feminino, gratidão, quase nunca é exercitado nessa atividade. Muitos que se serviram dos que estavam no comando, logo que são estes afastados do poder, os renegam, aderindo à nova ordem. Não foi diferente com o ex-senador Ney Suassuna, que em 1998, foi eleito com o slogan: “Ney, o senador de Zé Maranhão”, e agora, dá uma banana ao velho no leito de morte. É o estafermo zombando do enfermo. É a política.

DSMR, em 25 de janeiro de 2021.

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