Semana passada, vimos, pelas redes Sociais, uma cena hilária
e, ao mesmo tempo, ridícula. O ex-senador, Ney Suassuna, entrevistado sobre o
estado de saúde do ex-governador José Maranhão – acometido da Covid-19 e
internado em São Paulo -, após desejar melhoras ao correligionário político,
descuidadamente, sem saber que a câmera continuava ligada, estirou o dedão do
meio, num gesto desprezível endereçado ao doente. Na verdade, esse
comportamento, prática contida de extrema hipocrisia e falta de educação e
compostura, é uma praxe na política nacional. Há quem diga que quase todos
guardam uma pedra no bolso para jogar naqueles que lhes serviram no passado. A
lógica da política é única. O substantivo feminino, gratidão, quase nunca é
exercitado nessa atividade. Muitos que se serviram dos que estavam no comando,
logo que são estes afastados do poder, os renegam, aderindo à nova ordem. Não
foi diferente com o ex-senador Ney Suassuna, que em 1998, foi eleito com o slogan: “Ney, o senador de Zé Maranhão”,
e agora, dá uma banana ao velho no leito de morte. É o estafermo zombando do
enfermo. É a política.
DSMR, em 25 de janeiro de 2021.
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