ODE

quinta-feira, 25 de março de 2021

301.087 MORTOS, UMA TRAGÉDIA NACIONAL!

 



Ontem, o Brasil ultrapassou a tenebrosa marca dos 300 mil mortos por Covid-19. Nesse mesmo dia, após um ano de Pandemia, o Governo Federal, de forma temporã, resolveu criar um Comitê para cuidar da terrível doença. Reuniram-se, os três poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário e, sob o convite do presidente da República, alguns governadores aliados de Bolsonaro. O discurso de todos, foi pautado na união e na despolitização da crise sanitária. Tarde demais. Mesmo assim ainda necessária, essa conjugação de esforços para evitar mais mortes.

Embora tenha adotado um discurso mais ameno – apresentou-se usando máscara e falou em vacinação em massa -, o presidente Jair Messias Bolsonaro, pregou uma união desfalcada da presença dos governadores que lhes fazem oposição política. Falou ainda em tratamento precoce e, em momento algum – na contramão do que recomendam as autoridades em saúde -, referiu-se ao isolamento social, necessário para conter a propagação do vírus.

Emblematicamente, tudo aconteceu ontem: 300 mil mortes; nomeação de um novo ministro da saúde; reunião de poderes, enfim, uma verdadeira corrida atrás do prejuízo. Quanto à pompa do evento, nada a reclamar. Porém, quanto a efetividade das medidas, tudo a desejar. O novo ministro da saúde, o paraibano, Marcelo Queiroga, fezum discurso inócuo, burocrático, nada disse. A única novidade foi o anúncio de uma medida que dificultaria as notificações das mortes por Covid-19, o que causou protestos e logo mais à tarde do mesmo dia, foi revogada.

No mais, o que se tem como realidade, são os hospitais superlotados; a falta de leitos de UTI para pacientes da Covid-19; vacinação a conta-gotas; falta de oxigênio, insumos e remédios, etc. E agora, com a crise econômica se agravando e as montadoras de automóveis fechando as portas, se observa também, com a fome dos mais vulneráveis, o início de saques a supermercados. O pior, é que ninguém vislumbra aonde isso vai parar. Nos EUA, com a saída de Donald Trump, o país saiu da crise. Quanto a nós, estamos sem saída. Tomara que os acontecimentos de ontem deem um novo rumo em prol da vida. Mesmo assim, o prejuízo das 300 mil mortes, jamais será sanado.

DSMR, em 25 de março de 2021.

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