Canalhice tem limites. Foram essas as palavras do âncora do
Jornal da Band, Eduardo Oinegue, quando da avaliação do primeiro dia de
depoimentos de Eduardo Pazuello na CPI da Covid. Ontem, mesmo munido de um Habeas Corpus preventivo, que lhe
permitia ficar calado diante de perguntas comprometedoras, o ex-ministro
resolveu falar. Em suas respostas evasivas e mentirosas, blindou o presidente
Bolsonaro e como isso se fez incriminar ainda mais. Negou o “ simples assim, ele manda, eu obedeço”; mentiu
sobre a crise da falta de oxigênio em Manaus; desdenhou sobre perguntas em
relação à compra de vacinas, enfim, nada respondeu que pudesse dar um norte às
investigações sobre as omissões e os erros que pesam sobre ele e o presidente,
na condução do enfrentamento à pandemia. Como se não bastasse, ao responder
sobre o motivo de sua demissão do cargo de Ministro da Saúde, Pazuello
respondeu: “missão cumprida”. Quanto
descaramento! O ministro mais incompetente que já ocupou aquela pasta, dizer,
depois de tanto descalabro e mais de 270 mil mortes por covid-19, que cumpriu
sua missão, isso é um acinte, um desplante, falta de sensibilidade e de
respeito para com a população brasileira, principalmente, para com os
familiares dos que perderam a vida, vítimas desua irresponsabilidade. Hoje, tem
mais.
DSMR, em 20 de maio de 2021.
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