ODE

sábado, 15 de maio de 2021

POETAS ILUMINADOS

 



Esse poema de Emmanuel Conserva de Arruda, princesense da gema, foi resgatado da ABLAC em Revista, uma publicação da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, edição nº 01 de 2021. Arruda, além de poeta é historiador e apaixonado por fotografia. Tudo que for arte interessa a esse nosso conterrâneo. Reproduzimos aqui, essa poesia, com o intuito de divulgar os valores culturais da nossa Terra.

ESTRADA CEMITÉRIO

A moça caetana

A onça alada

A morte tirana

Mas nunca esperada

 

O cabra que reza

O terço, a oração

A vida que preza

O dia do não

 

Um disparo no escuro

A faca, um punhal

Um tiro certeiro

O corte fatal

 

Um filho sem pai

Uma pobre viúva

É o sangue que cai

 

A lágrima que enturva

Carpideiras no canto

A chama da vela

Um choro, um pranto

Vingança e querela

 

Morte no Sertão

Silêncio e medo

Erro sem perdão

Mentira e segredo

 

Cruzes na estrada

A história, o mistério

Tanta vida acabada

É a estrada cemitério

 

EMMANUEL CONSERVA DE ARRUDA

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