A CPI da Covid avança e, a cada dia, traz mais novidades sobre situações comprometedoras, o que ja bate na porta do Palacio do Planalto. Ontem à noite, mais audios foram revelados dando conta de que os representantes da Davati (empresa encarregada de intermediar a venda de vacinas ao governo federal) trabalhavam no sentido de conseguir um encontro pessoal com o presidente Bolsonaro, para agilizar o fechamento do negócio com o imunizante covaxin.
Não que isso comprometa diretamente o presidente. Porém, faz-se muito esquisito que uma negociação dessa natureza, eivada de irregularidades quante a procedimentos sombrios, e que está sendo investigada por uma CPI, necessite do aval pessoal do presidente da República. O encontro, segundo audio do cabo da polícia mineira, João Paulo Dominguetti, trocado com Cristiano Carvalho, representante da empresa Davati, estaria sendo articulado através do reverendo Amilton Gomes de Paula (pastor evangélico muito ligado ao presidente), que estaria presente num café da manhã com a maior autoridade do país.
Acuado com a atual situação politica, Bolsonaro se mantem em silêncio, num evidente desconforto quanto ao desenrolar dessas investigações, o que o compromete mais ainda, sendo quanto ao seu envolvimento nesse "negócio", mas sobre seu conhecimento da situação e sua opção de silente isso conduz à conjectura de que o presidente está num mato sem cachorro, constrangido ou impedido de tomar uma posição mais efetiva quanto as responsabilidades que lhes cabem, na qualidade de maior magistrado da Nação. Esse evidente recuo traduzido nesse barulhenta silêncio, compromete e muito a credibilidade de Jair Bolsonaro. O fedor que disso exala e muito preocupante.
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