ODE

quarta-feira, 7 de julho de 2021

TOPÔNIMO PRINCESA


Hoje mais não, mas em tempos idos, era comum as cidades mudarem de nome. E a Paraíba foi pródiga nisso. São muitos os municípios paraibanos que, ao longo do século passado, tiveram seus topônimos modificados; algumas vezes atendendo a interesses políticos, outras, para homenagear algum vulto histórico ou, simplesmente para dar-lhes um ar de “modernidade”.

Mesmo assim, são muitas ainda as cidades – principalmente na Paraíba -, portadoras de nomes feios ou esquisitos: Riacho dos Cavalos; Poço de José de Moura; São José da Lagoa Tapada; Santana dos Garrotes; São Sebastião da Lagoa de Roça, Remígio; Matureia, dentre outros que poderiam ser mudados para nomes menos pesados ou mais significativos.

Outros municípios, tiveram seus topônimos mudados para denominação pior: Misericórdia virou Itaporanga; Vila Bela tomou o esquisito nome de Serra Talhada; Independência transformou-se em Guarabira; Batalhão passou a chamar-se Taperoá; São Serafim virou Calumbi, dentre outros tantos. 

Princesa

A nossa cidade também foi vítima de modificações que, se inicialmente se fizeram para melhor, no final a descaracterizaram. Começou chamada de Lagoa da Perdição. Depois, simplesmente Perdição. Passou a ser Bom Conselho, depois, Princesa e hoje, Princesa Isabel. Essa derradeira modificação se deu em 13 de maio de 1938, com o intuito de homenagear a princesa Isabel Cristina, herdeira do trono brasileiro e que promoveu a Libertação dos Escravos.

Faço minhas as palavra do grande tribuno princesense, Alcides Vieira Carneiro: “Nasci em Princesa, hoje Princesa Isabel. Prefiro o primeiro por ter brilho próprio”. Bom seria que voltasse o nome original, dando ao burgo princesense – a cidade mais histórica da Paraíba, seu verdadeiro status de soberana da Serra do Teixeira. Neste ano, em que comemoramos o Centenário da nossa Emancipação Política, seria de bom alvitre uma discussão acerca desse tema. Com a palavra, a Câmara Municipal.




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