Hoje mais não, mas em tempos idos, era comum as cidades
mudarem de nome. E a Paraíba foi pródiga nisso. São muitos os municípios
paraibanos que, ao longo do século passado, tiveram seus topônimos modificados;
algumas vezes atendendo a interesses políticos, outras, para homenagear algum
vulto histórico ou, simplesmente para dar-lhes um ar de “modernidade”.
Mesmo assim, são muitas ainda as cidades – principalmente na
Paraíba -, portadoras de nomes feios ou esquisitos: Riacho dos Cavalos; Poço de
José de Moura; São José da Lagoa Tapada; Santana dos Garrotes; São Sebastião da
Lagoa de Roça, Remígio; Matureia, dentre outros que poderiam ser mudados para
nomes menos pesados ou mais significativos.
Outros municípios, tiveram seus topônimos mudados para denominação
pior: Misericórdia virou Itaporanga; Vila Bela tomou o esquisito nome de Serra
Talhada; Independência transformou-se em Guarabira; Batalhão passou a chamar-se
Taperoá; São Serafim virou Calumbi, dentre outros tantos.
Princesa
A nossa cidade também foi vítima de modificações que, se
inicialmente se fizeram para melhor, no final a descaracterizaram. Começou
chamada de Lagoa da Perdição. Depois, simplesmente Perdição. Passou a ser Bom
Conselho, depois, Princesa e hoje, Princesa Isabel. Essa derradeira modificação
se deu em 13 de maio de 1938, com o intuito de homenagear a princesa Isabel
Cristina, herdeira do trono brasileiro e que promoveu a Libertação dos
Escravos.
Faço minhas as palavra do grande tribuno princesense, Alcides
Vieira Carneiro: “Nasci em Princesa, hoje
Princesa Isabel. Prefiro o primeiro por ter brilho próprio”. Bom seria que
voltasse o nome original, dando ao burgo princesense – a cidade mais histórica
da Paraíba, seu verdadeiro status de soberana da Serra do Teixeira. Neste ano,
em que comemoramos o Centenário da nossa Emancipação Política, seria de bom
alvitre uma discussão acerca desse tema. Com a palavra, a Câmara Municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário