João Fernandes e o
pão-de-queijo
João Fernandes Barbosa era um comerciante princesense,
inteligente e dono de uma presença de espírito invejável. Contador de histórias
(na maioria estórias) e muito divertido. Casado - em segundas núpcias -, com
dona Madalena Henriques, João Fernandes, já com idade avançada, foi questionado
pelo amigo, Afonso Antas, logo do dia seguinte ao seu casamento:
- E aí, “seu” João, já deu certo alguma coisa?
- Até agora nada. Mas eu tô pensando em fazer uma feira
grande, me trancar mais Madalena em casa, pra ver se dá certo. Disse Fernandes.
Quinze dias depois, chegando à padaria de Beto Patriota (que
sabia da história), este perguntou a João Fernandes:
- E aí, “seu” João, já comeu alguma coisa?
- Por enquanto só a feira meu filho. Respondeu Fernandes
Do lado dele, tinha uma moça comprando pão que, escutando a
conversa, aproveitou e disse:
- “Seu” João, tem uma lanchonete ali que vende pão-de-queijo,
e dizem que é muito bom.
Onde é, minha filha? Inquiriu João Fernandes.
- Na Rua Grande. Respondeu a moça.
João Fernandes, imediatamente, foi lá:
- Tem pão-de-queijo? Perguntou.
- Tem sim. Respondeu a balconista.
- Quero vinte. Disse João Fernandes.
- “Seu” João, quantas pessoas são na sua casa? Perguntou a
jovem.
- Só eu e Madalena. Respondeu João.
- Oxente, “seu” João. Isso é pão demais pra duas pessoas,
eles endurecem. Disse a moça.
Animado, João Fernandes, respondeu:
- Então me dê cem.
* Essa história foi contada por Joca
Fernandes, filho de “seu” João Fernandes.
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