A frase que intitula este artigo foi proferida pelo arcebispo
metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que é também o
presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nem
progressista nem conservador, dom Walmor é um bispo moderado e com
características de um verdadeiro pastor. Na homilia de sua celebração
eucarística do último domingo (05/09), o arcebispo da capital mineira
demonstrou preocupação com o que pode acontecer hoje no Brasil.
O prelado manifestou seu desejo de paz e incitou os
verdadeiros cristãos a resistirem em obedecer ao chamamento para aventuras
desconectadas com a vontade da maioria dos brasileiros: “Não se deixe convencer por quem agride os poderes legislativo e
judiciário”, explicitou dom Walmor, acrescentando: “É dever cristão estar ao lado dos pequeninos”. Essa preocupação se
justifica diante do quadro assustador que se apresenta, quando temos um
presidente da República que divide a Nação.
Em 1964, quando do golpe militar, a Igreja Católica
perfilou-se junto à classe média e ao poder econômico, para respaldar a ação
dos militares contra oi governo de João Goulart. Não que essa atitude tenha
sido correta, mas, naquele momento, o país se encontrava em plena anarquia e, a
ameaça comunista era uma realidade da época. Hoje não. Se há alguma anarquia,
essa é provocada pelo próprio presidente da República que, ao invés de cuidar
da administração pública, incita a violência e o desrespeito ao estado Democrático
de Direito. Sábia admoestação do arcebispo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário