ODE

terça-feira, 7 de setembro de 2021

“Somos todos irmãos, a paz não se constrói com armas”

A frase que intitula este artigo foi proferida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, que é também o presidente da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nem progressista nem conservador, dom Walmor é um bispo moderado e com características de um verdadeiro pastor. Na homilia de sua celebração eucarística do último domingo (05/09), o arcebispo da capital mineira demonstrou preocupação com o que pode acontecer hoje no Brasil.

O prelado manifestou seu desejo de paz e incitou os verdadeiros cristãos a resistirem em obedecer ao chamamento para aventuras desconectadas com a vontade da maioria dos brasileiros: “Não se deixe convencer por quem agride os poderes legislativo e judiciário”, explicitou dom Walmor, acrescentando: “É dever cristão estar ao lado dos pequeninos”. Essa preocupação se justifica diante do quadro assustador que se apresenta, quando temos um presidente da República que divide a Nação.

Em 1964, quando do golpe militar, a Igreja Católica perfilou-se junto à classe média e ao poder econômico, para respaldar a ação dos militares contra oi governo de João Goulart. Não que essa atitude tenha sido correta, mas, naquele momento, o país se encontrava em plena anarquia e, a ameaça comunista era uma realidade da época. Hoje não. Se há alguma anarquia, essa é provocada pelo próprio presidente da República que, ao invés de cuidar da administração pública, incita a violência e o desrespeito ao estado Democrático de Direito. Sábia admoestação do arcebispo.




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