A insensibilidade do presidente Jair Bolsonaro, a cada dia o
revela mais burro. Ele, o presidente, em sua arrogante empáfia, não precisa de
ninguém que o prejudique eleitoralmente, ele mesmo faz isso, por conta e risco
calculado. Ontem (07/10), para surpresa de muitos (inclusive de seus aliados no
Parlamento), o presidente Jair Bolsonaro vetou o artigo Primeiro do Projeto de Lei
nº 4.968/2019, de autoria da deputada Marília Arraes (PT/PE), aprovado em
última instância, pelo Senado Federal, em 14/09/2021.
A Lei em tela, prevê “a oferta gratuita de absorventes
higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual”, para
estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino, e
mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social. Essa propositura, que
teve a adesão da maioria dos parlamentares das duas Casas Legislativas, já
estava sendo chamada de a “Lei da Pobreza Menstrual”.
Aprovada, a Lei, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado da
República, era favas contadas que o presidente da República a sancionaria. Qual
não foi a surpresa de todos quando ontem, logo cedo, Jair Bolsonaro vetou os
principais artigos sob a alegação de que, a propositura, “não indicou a fonte
de custeio ou medida compensatória, o que violaria a Lei de Responsabilidade
Fiscal. Vetou, violando a dignidade daquelas que não têm condições de promover
sua higiene pessoal.
É saber de todos que o nosso presidente nunca demonstrou
simpatia pelas mulheres. Misógino por natureza e machista empedernido, Bolsonaro
sempre viu e tratou as do sexo feminino com um certo desprezo. Fica claro, no
entanto, que às vésperas de um ano eleitoral, considerando que o eleitorado
feminino compõe 52% do total de pessoas aptas a votar foi, essa atitude, um
tiro no pé, pois, logo após o veto, a repercussão negativa foi imensa. Parece
que Bolsonaro, ao saber que vai cair, já está-se deitando.
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