Nunca no Brasil um governo reuniu condições tão desfavoráveis
quanto as que contemplam o mandato do presidente Jair Bolsonaro. Na mesma
proporção em que os índices da economia apontam para trás, encolhe a popularidade
do presidente da República. Desemprego, inflação alta, dólar subindo... Tudo
isso é um caldo de cultura mais do que suficiente para o fracasso eleitoral.
Não bastassem os aumentos da energia elétrica, dos
combustíveis e do gás de cozinha, voltam a subir agora os itens da cesta
básica. O arroz, a carne e as farinhas (de trigo, de rosca e de mandioca),
dispararam na semana passada. O que causa maior desalento não é somente a
subida dos preços, mas a inação governamental. Enquanto tudo desanda, o presidente
Bolsonaro se auto exime de culpa – como no caso da alta no preço da gasolina,
quando põe a culpa nos governadores.
O pior cego é aquele que não quer ver, ou se faz de que não
está vendo. Além da falta de empenho para resolver os problemas da administração,
o presidente - que não tem projeto algum de governo, debocha da população
promovendo campanha eleitoral extemporânea com o sentido apenas de ser reeleito
a todo custo. A realidade que se apresenta, porém, é bem outra. As pesquisas
eleitorais já apontam que, se a eleição fosse hoje, sua derrota seria certa.
Pelo visto, das farinhas que sobem, sobrará para o presidente, a de mandioca.
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