Circulando ontem (26), pelas ruas da cidade, fui questionado
mais de uma vez por populares, que cobravam a minha presença no rádio para dar
explicações sobre os últimos acontecimentos na política de Princesa. Tive de
explicar bem direitinho que não tenho vez nem voz na principal emissora de
rádio da cidade, e também que não é minha essa obrigação. É certo que o povo
tem razão quando cobra isso, uma vez que o canal competente para tanto, a
Câmara de Vereadores, se faz completamente omisso.
A rigor, faz-se necessário dizer que o Poder Legislativo de
Princesa é composto por cidadãos e cidadãs que estão ali para representar,
legitimamente, o povo. Naquela Casa de Leis não há nenhum nomeado, todos foram
eleitos pelo voto popular, no entanto, o que se vê são vereadores que mais
representam o prefeito do que os que os elegeram. Até o presente momento,
diante de tantos escândalos que mancham a dignidade do nosso município, o que
vemos é a tibieza dos vereadores.
Ajoelhados e de cabeças baixas, os nossos edis mirins, sequer
se manifestam sobre a “visita” da Polícia Federal à casa do prefeito e à
Prefeitura; nada dizem sobre o processo que corre e que, segundo informações de
advogados experientes, podem cassar o mandato do senhor Ricardo Pereira do
Nascimento. Emudecidos por várias conveniências, dentre elas a de não
desagradar ao prefeito, fazem como bem disse o vice-prefeito, Zé Casusa: “batem
palminhas”.
É lamentável tal situação, quando lembramos de haver sido a
Câmara Municipal de Princesa, em tempos recentes, a Casa em reverberavam todos
os assuntos do interesse do povo. Havia oposição ao poder constituído e os
vereadores aliados do prefeito faziam proposituras em prol da sociedade,
convocavam Audiências Públicas para discutir os problemas do município, enfim,
cumpriam seu papel. Hoje não. O que vemos são retaliações a quem os critica em
seu marasmo legislativo.
Hoje, o que me cabe é protestar como cidadão e eleitor. Ainda
bem que tenho este espaço democrático para fazê-lo, com o benefício de já estar
vacinado para tanto, pois, já recebi a pena máxima daquela Câmara Municipal
quando fui contemplado com o título de persona
non grata – o que conservo, com muito orgulho, num quadro dependurado numa
das paredes de minha biblioteca – por ter criticado pelo que eles e elas não
fazem. O problema é que lá, sob as ordens de Nascimento, ajoelhou tem de rezar.
Amém.
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