Semana passada noticiamos aqui sobre as esquisitices
financeiras que movem o programa da prefeitura de Princesa, chamado “Comer
Melhor”, e da concessão de exames de vistas e da entrega de óculos. Em ambos os
casos – segundo pessoas que foram contempladas -, os beneficiários endossam um
cheque, de forma antecipada, e recebem o benefício depois, sem saber sobre os
valores dos referidos cheques.
No mesmo modal, me foi informado que, para o pagamento da
ajuda de custo dos pacientes que fazem hemodiálise na cidade de Patos, o
critério é o mesmo, ou seja, os pacientes endossam um cheque contido do valor
referente a seis meses da ajuda de custo. Melhor dizendo: se a ajuda de custo
for de R$ 200, endossam um cheque de R$ 1.200 reais, mas só recebem R$ 200
mensais.
O problema é que não se sabe quem desconta esse cheque nem de
que forma é feita essa prestação de contas. Os beneficiários endossam o cheque
semestralmente e recebem a parcela mensal em dinheiro vivo. Isso faz lembrar os
pagamentos que eram feitos pela secretaria de Infraestrutura com dinheiro retirado
de uma caixa de papelão. Essa forma esquisita de pagamento é uma praxe em
vários setores da atual administração municipal. Com a palavra, o Ministério
Público.
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