Para quem tem menos de 60 anos de idade custa entender o que
se passa no mundo agora. Guerra para a maioria das pessoas é coisa do passado.
Por isso dá-se pouca atenção ao noticiário que toma as televisões no momento. A
tensão entre a Rússia e a Ucrânia, pode sim, descambar para uma Terceira Guerra
Mundial ou até para o extermínio da humanidade.
Exagero? Nada disso.
No início desta semana, o presidente russo, Vladimir Putin, a pretexto
de invadir o território ucraniano, resolveu reconhecer a independência de 2
repúblicas rebeldes fincadas no território daquele país e já convoca
reservistas e distribui tropas para ocupar o território alheio. Isso é algo
incompreensível para a maioria das pessoas. O mundo em paz vê-se agora
surpreendido por essa atitude irracional e desusada.
Guerra é coisa do passado e não combina mais com os tempos de
hoje, principalmente quando se trata de ameaças feitas por uma superpotência
militar - dona de ogivas nucleares que podem destruir o mundo - a um pequeno e
indefeso país. O dramático apelo do chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, ontem,
na ONU, pedindo ajuda ao resto do mundo, dá conta da gravidade da situação que
se apresenta.
Na verdade, nada pode-se esperar com otimismo. As potências
ocidentais, alinhadas na OTAN e lideradas pelos EUA, ameaçam a Rússia com
sanções financeiras e econômicas prometendo desligar a Rússia dos negócios com
os demais países. Mas isso é pouco e, o muito – que seria uma retaliação bélica
–, é imponderável porque somente aumentaria o risco de uma destruição total. Em
reinando esse impasse, resta-nos torcer para que não prospere a burrice em
detrimento da diplomacia, senão, o desfecho poderá ser trágico para todos.
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