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quarta-feira, 23 de março de 2022

Às portas do Ocidente civilizado, uma guerra sem limites

A guerra de Putin tem desafiado todos os parâmetros de civilidade cultuados como lição desde a II Guerra Mundial. É certo que outras guerras menores e de significado menos emblemático aconteceram e acontecem ao redor do mundo. Não que guerras provocadoras de morticínios em massa sejam insignificantes, sejam elas quais forem. Porém, essa guerra empreendida pela Rússia de Putin contra a Ucrânia, se constitui um conflito diferente por desnecessário e perigoso que é.

Os russos estão bombardeando tudo, destruindo cidades, impedindo que civis indefesos e inocentes se retirem dos campos de batalhas (leia-se as principais cidades da Ucrânia invadida). Escolas, maternidades, conjuntos residenciais, tudo está sendo destruído. Somente hospitais já são 10 os que as bombas fizeram desmoronar; são 3,5 milhões de ucranianos refugiados e outros 6,5 milhões deslocados de suas casas; mais de 1000 civis mortos, desses, 117 eram crianças. Depois de se recusar a cumprir o ultimato, dado por Putin para que a cidade se rendesse, os bombardeios se intensificaram.

A cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, está completamente destruída e, os seus moradores, impedidos de fugir, sobrevivem em porões de hospitais, escolas e metrôs, sem comida, sem remédios, sem água e sem poder receber quaisquer ajudas comunitárias, ali, crianças já morreram de sede. Desesperado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, já pediu até a interveniência do Papa Francisco como mediador para que consiga, junto aos russos, autorização para evacuar a população civil e livrá-la da morte. Uma guerra cruel e sem limites.








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