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sexta-feira, 18 de março de 2022

GRUPO ESCOLAR “GAMA E MELO”

PRÉDIO DO GRUPO ESCOLAR “GAMA E MELO”

O Grupo Escolar “Gama e Melo”, construído no governo do presidente (governador) João Suassuna, entre 1925/26, atendendo solicitação do coronel José Pereira Lima ao antecessor de Suassuna, presidente Solon de Lucena quando de sua visita a Princesa no início da década de 1920, foi inaugurado em 1926, o que se constituiu uma obra de grande relevância para Princesa. Esse estabelecimento de ensino privilegiou a nossa cidade, uma vez ser, naquela época, uma das duas escolas de grande porte existentes no interior do estado da Paraíba, pois, somente Princesa e Cajazeiras foram contempladas com essas construções, graças ao grande prestígio dispensado pelos governantes da época ao deputado Zé Pereira.

O Grupo Escolar “Gama e Melo”, teve como seu primeiro diretor, o professor Severino Loureiro, na sequência a professora Francisca Viana Rosas (dona Vianinha, esposa de Rafael Rosas) e, depois, o professor Genésio Florentino Lima. Foi construído sob a tutela do grande mestre de obras princesense, José Ferreira Dias, mais conhecido como “Ferreirão” que, através de sua primorosa arte, dotou aquele majestoso prédio de estilo neoclássico e motivos jônicos de rara beleza arquitetônica. Auxiliaram-lhe nessa lide construtora os competentes pedreiros, Manoel Ferreira Neto e José Ferreira Primo (“Ferreirinha”), que aprenderam a arte com primo chamado “Mestre Abílio” que, por sua vez, habilitou-se como desenhista na cal com pedreiros italianos em São Paulo.

Pelo “Gama e Melo” - templo maior do saber princesense - passaram muitos filhos ilustres da Terra, que se destacaram em várias atividades profissionais, aqui e alhures, a exemplo do grande tribuno Alcides Vieira Carneiro; do intelectual e político Antônio Nominando Diniz; de Antônio Muniz Fernandes (bispo dom Muniz); de Francisco Soares de Araújo (Canhoto da Paraíba); do intelectual José Florentino Duarte; do historiador Paulo Mariano; do médico doutor Zezito Sérgio, dentre outros que se tornaram políticos, professores, músicos, intelectuais, comerciantes, advogados, etc. Por sorte, é aquela edificação uma das poucas que vem sendo preservada em nossa cidade, dando testemunho da construção da nossa história educacional e arquitetônica.





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