É bem verdade que lembramos logo das festas juninas em que se
comemora primeiro o “São João” e, depois, o “São Pedro”. Na Paraíba, a disputa
eleitoral está nesse quilo: João x Pedro, nessa ordem. É certo que existem
outros nomes lançados para a disputa do governo estadual. Nilvan Ferreira –
bolsonarista de primeira hora -, pelo PTB, teve boa performance nas últimas
eleições municipais como candidato a prefeito de João Pessoa, figura agora com
bom desempenho na capital do Estado, porém pífio no interior. Veneziano Vital do
Rego (MDB) lançou sua candidatura com estardalhaço, mas, estranhamente, logo
botaram água na sua fervura e está à margem do processo, estagnado e sem
repercussão alguma.
O governador João Azevedo, dono da caneta e da chave do
cofre, pontua na frente nas pesquisas de intenções de votos, logo seguido pelo
deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), o que faz crer que a disputa (a preço
de hoje), irá para um segundo turno. É claro que a campanha eleitoral não
começou ainda, e que muita água vai rolar ainda por debaixo das pontes
políticas. No entanto, a cristianização da candidatura de Veneziano dá força a
Pedro para concorrer contra a caneta de João. Mesmo assim, é sabido por todos
que o peso do cargo concede sempre muita vantagem ao seu detentor. Segundo
fonte privilegiada dos meios políticos da capital do Estado, João não ligou
ainda as turbinas de sua nave eleitoral.
Na verdade, fala-se – a boca miúda – nos meios políticos da
Paraíba que esse status quo já era
esperado. Que a candidatura de Nilvan Ferreira se projeta como um trampolim
para a prefeitura de João Pessoa em 2024 e que, a postulação de Veneziano, além
de ter o condão de dar um palanque emedebista a Lula e viabilizar a candidatura
do ainda inelegível, Ricardo Coutinho, ao Senado Federal, estende o tapete
vermelho para a vinda dos milhões de reais do gordo Fundo Eleitoral do MDB que
financiará Veneziano o credenciando como o fiel da balança ( a exemplo do que
aconteceu com seu irmão, Vitalzinho, em 2014) para um eventual segundo turno.
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