Na manhã de ontem (16) o meio político paraibano se surpreendeu
com a notícia de que - vindo de Brasília - resolução da cúpula do Solidariedade
trocou a guarda do partido na Paraíba. Numa vergonhosa quebra de acordo firmado
há alguns meses, o presidente do SDD, deputado Paulinho da Força defenestrou o
suplente de deputado, Aledson Moura, da presidência do partido e entregou a
chefia ao deputado estadual Eduardo Carneiro.
Manobras dessa natureza são comuns na política, principalmente
quando interesses são contrariados. O Solidariedade foi entregue ao médico
Aledson Moura que coordena um grupo de postulantes a candidaturas a deputado
estadual que compõem a chamada FRP - Frente de Renovação Parlamentar, formada
por cerca de 35 pré-candidatos com densidade eleitoral considerável e que não
admitem a filiação de quadros que já sejam detentores de mandatos.
Essa condição excludente foi a causa da intervenção que,
atendendo interesses de grupos que se viram ameaçados em sua tentativa de
formar chapas que lhes possibilitassem as chamadas “escadas” que viabilizassem
suas eleições, conspiraram contra essa Frente com o intuito de abortar esse
projeto. Segundo o presidente deposto: “Surrupiaram-nos o partido, mas a Frente
de Renovação Parlamentar continua incólume e unida”, disse Aledson Moura.
Em face desse imprevisto, os membros da FRP já se mobilizam
para se acolitarem num novo partido. Para tanto, não tem faltado convites. São
muitas as agremiações partidárias que se oferecem para abrigar esse grupo coeso
e de considerável peso eleitoral. Nas palavras de um dos membros do grupo:
“Vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Nós temos cacife para protagonizar o
nosso projeto”. Na atividade política, às vezes, há males que vêm pro bem.
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