CASA GRANDE DO “CABOCLO
MARCOLINO” EM PATOS DE IRERÊ
A casa de
Marcolino Pereira Diniz, situada no Povoado de Patos de Irerê (hoje pertencente
ao município de São José de Princesa), pode ser considerada um dos imóveis mais
emblemáticos da Princesa do passado recente. Naquela casa aconteceram fatos tidos
como relevantes para nossa história. Em 1930, quando da Guerra de Princesa, a
Casa de Marcolino foi um dos bastiões em defesa do Povoado invadido pela polícia
de João Pessoa, de onde os “Libertadores de Princesa” resistiram. Nessa luta, o
imóvel foi parcialmente destruído.
A casa em tela, pertencia ao “Caboclo Marcolino”, que era
filho do Coronel Marçal Florentino Diniz, portanto cunhado do coronel José Pereira
Lima e casado com Alexandrina Florentino Diniz, mais conhecida como
“Xanduzinha” – aquela que foi imortalizada numa antológica cantiga do “Rei do
Baião”, Luiz Gonzaga: “(...) O caboclo
Marcolino, tinha oito bois zebu; uma casa de varanda virada pro norte e pro sul
(...)”.
Naquela casa, onde ainda hoje existe uma grande mesa de
madeira, conta-se que lá, onde Lampião – o “Rei do Cangaço” – se escondia da
polícia, tendo Marcolino como um de seus principais e mais fieis coiteiros,
jogava baralho sobre aquele móvel por noites a fio, enquanto a “cabroeira” de
arranchava nos arredores da casa. A mesa é hoje uma atração turística para os
que gostam de história.
A casa do “caboclo” Marcolino, em que pese haver sido
parcialmente destruída por ocasião do ataque da polícia paraibana, durante a
Guerra de Princesa, está hoje totalmente preservado, bem conservado, e tem como
seu proprietário o senhor Adelmo Antas que, na sua solicitude de sertanejo, concede
sempre permissão para visitas e dá informações àqueles interessados em conhecer
essa histórica edificação.
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