ODE

sábado, 2 de abril de 2022

ALOYSIO PEREIRA, ZÉ E O COMÍCIO

Na campanha eleitoral de 1958, durante a ocorrência de um comício do candidato a deputado estadual Aloysio Pereira Lima, realizado na “Rua Grande” de Princesa, repleto de eleitores atentos a ouvir os discursos dos vários oradores, instalou-se de repente, uma confusão que, mesmo não tendo nada a ver com a disputa eleitoral, tampouco com o ato cívico que acontecia naquele momento, causou grande tumulto.

Numa discussão de populares na “rabeira” do comício, um dos contendores sacou de um revólver e começou a atirar a esmo. Todos correram apavorados. Tudo isso aconteceu mesmo na hora em que o candidato Aloysio Pereira estava discursando. Ao pé do caminhão que servia de palanque postava-se de cara pra cima, ouvindo atentamente a fala do líder, um fiel eleitor que nunca perdia um comício.

Quando o tumulto se configurou, notou, doutor Aloysio, que em meio ao tiroteio, foi esse partidário, o primeiro a correr. No outro dia, ao reencontrá-lo na rua, o deputado o inquiriu: “Mas Zé, tanto que eu confiava em você, estando ali para me dar segurança, e você foi o primeiro que correu...”. O eleitor, meio envergonhado, porém decidido, respondeu: “Pois é dotô, o poblema é que os caba atira em vossas Incelenças e a bala sempre pega nos fulano de tá”.










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