ODE

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Nascimento e a síndrome da França

Ultimamente, o prefeito Ricardo Pereira do Nascimento vem se superando em debates inócuos, ridículos e risíveis, através das redes sociais. Em suas postagens e áudios, o prefeito se expõe ao máximo e polemiza com todos os que lhes provocam. Recentemente, diante de uma reclamação sobre o incômodo que causava, um esgoto aberto conduzindo dejetos, Nascimento recomendou à reclamante que ingerisse a merda. Postura por demais esquisita para um gestor.

Ontem (07), em face de mais uma reclamação, também por esgotos abertos e ruas intransitáveis, o prefeito sugeriu ao autor da crítica: “Muda de cidade, ou melhor, aliás, para você, é que com todas as mazelas por você mencionadas, o POVO me prefere, entende?”. Ele não suporta ser contraditado. Ele se acha o sol, o Rei Sol: L’etat c’est moi, conforme se definiu o rei francês, Luís XIV.

Nascimento vai mais além quando incorpora outro rei da França, Luís XV que, de saltos altos, não perdia oportunidades para dizer-se o maior e o melhor, em menosprezo aos demais simples mortais. Quem não sabe da forma que ele usou e usa para manter-se (por enquanto) no topo? Foram (e são) negociatas, trocas e cooptações de toda natureza para viabilizar sua reeleição para a manutenção da prosperidade de que tanto se vangloria.

Ainda inspirado na França, eu não deveria estar sequer alertando Nascimento quanto a esse comportamento ridículo e não condizente com o cargo que ocupa. Parafraseio Napoleão Bonaparte quando dizia: “Jamais critique ou interrompa seu inimigo enquanto ele estiver cometendo um erro”. Mesmo assim, entendo que, em se tratando do nosso gauleiter nada o faz parar: é autossuficiente demais para admitir seus erros. O problema é que a lama e os dejetos continuam em seu curso a céu aberto e, a fedentina que incomoda a todos, poderá lhe trazer, em breve, sérios desgostos.








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