Conta-se que Joaquim Mariano botava roças
imensas. Para mantê-las, contratava vários trabalhadores de aluguel,
pagando-lhes diárias baratas demais e dando almoços sem mistura. Muquirana que
era, fiscalizava pessoalmente o desempenho dos contratados para que não
fizessem corpo mole no serviço do plantio, da limpa ou da colheita. Certo dia,
quando tinha 60 homens trabalhando sob seu olhar, um avião – que trazia o
deputado federal Teotônio Neto para um comício em Princesa - sobrevoou a roça e
um dos trabalhadores parou de capinar e levantou a cabeça para olhar a aeronave
lá no alto (um vício que todo princesense cultua até hoje, inclusive eu, acho
que traumatizados pela Guerra de Princesa em 1930). Vendo isso, Joaquim Mariano
reclamou, rudemente, instando o “alugado” a voltar ao serviço. Diante da
reclamação o trabalhador respondeu:
- Mas, seu Joaquim, é
só um minutinho...
Ao que o velho
respondeu:
- Um minutinho? E se
os outros 59 trabalhadores pararem também prá espiar essa peste desse avião? Aí
eu “pêico” uma hora de serviço! Ao trabalho!
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