Ontem (18), assistindo ao noticiário na televisão, fiquei
indignado com uma cena de violência, coisa que nem os chamados “politicamente
corretos” podem explicar. Aconteceu em Porto Alegre, lá no extremo meridional
brasileiro. Uma mulher - forte que nem um leão – fazia um lanche no balcão de
um pequeno restaurante, quando um homem, ainda jovem, ao passar, passou-lhe a
mão em sua perna.
Ato contínuo, a “marruda” mulher pôs-se a bater no homem com
uma violência extrema. Deu-lhe uma pisa daquelas que dizia o saudoso Chota:
“Que se vê o fim e não se vê o começo”. Sem apresentar reação alguma, o homem
foi surrado até ser socorrido pelos que ali passavam. Passada a sova,
constatou-se que o infrator era um doente mental, um alienado. Mesmo assim, os
apresentadores do noticiário, na Rede Band TV, deram razão à mulher que foi
“acintosamente assediada” e, quanto ao doido, nenhum comentário.
Para completar, quando abri as Redes Sociais, me deparei com
um vídeo, veiculado por um cara que, usando um chapéu enfeitado com chifres,
clamava pela defesa de outra minoria: a dos cornos. Juntei as situações e vi
que, na verdade, a coisa tá meio errada. Na nossa sociedade atual, o assédio às
mulheres e o ataque racista aos negros se constituem crimes quase hediondos (o
que está correto). No entanto, por que isso não é extensivo a todas as demais
minorias? Por que, os cornos, não recebem também a mesma proteção?
Um doido, é surrado brutalmente porque passou a mão na perna de uma mulher e esta, após dar-lhe uma pisa federal, não tem uma ave-maria de penitência. Enquanto isso, os cornos, coitados, são execrados pela sociedade e ficam ao deus-dará. A pauta de costumes no Brasil tem sido por demais seletiva quando não considera situações similares com a mesma ótica, e quando exclui categorias minoritárias que sofrem com a discriminação, impunemente. Salvem os doidos e viva os cornos!
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