No final do último mês de abril, a Justiça do Maranhão
suspendeu um show do artista Wesley Safadão, que deveria ser realizado na
cidade de Vitória do Mearim. A cidade tem cerca de 35 mil habitantes e, o show,
estava contratado pela Prefeitura Municipal daquela cidade, por R$ 500 mil. O
Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, entendendo que o dispêndio desse
valor com um show artístico seria incompatível com as condições orçamentárias
do município, o que prejudicaria as prioridades locais, determinou seu imediato
cancelamento.
Saindo do Maranhão e voltando para a Paraíba, esbarramos em
Princesa. Aqui, onde a população é bem menor - cerca de 23 mil habitantes -, o
senhor prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, contratou os serviços de uma
empresa montadora de palcos e estruturas para eventos festivos, por mais de R$
3,5 milhões. Sem falar que, enquanto isso, os Postos de Saúde não oferecem os
medicamentos de programas necessários para os pacientes que ali fazem
tratamento; sem esquecer também dos vários esgotos estourados a céu aberto e
das ruas completamente esburacadas.
Urge que a Justiça paraibana tome providências similares,
afinal, essas traquinagens estão sendo feitas à luz do dia e com o dinheiro do
povo. Trata-se de um absurdo o dispêndio da bagatela de mais de três milhões e
quinhentos mil reais para custear a montagem de palcos para festas, quando
sabemos serem apenas dois os eventos festivos da cidade neste ano: São João e
Emancipação. Com esse dinheiro, daria para trazer Wesley Safadão 7 vezes. É
muita irresponsabilidade com o dinheiro do povo. Com a palavra, o Ministério
Público, afinal, depois desta publicação, a safadeza far-se-á de domínio público.
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