Tal foi o sucesso de acessos e compartilhamentos da poesia
aqui veiculada, semana passada, da poetisa conterrânea, Rosi Leonardo, que
divulgamos mais um poema de sua lavra:
Guarda Noturno
Caminha uma
roupa assim bem formal
Arquitetando
o esbojo de um cuidador
No mistério
da noite parece igual
A quem cuida
com esmero de um grande amor.
O guarda
olha as flores com orvalho pendente
Assusta-se
com os cães de súbito a latir
E até suas
pisadas afastam a gente
Que com
beijos e abraços vem a sumir
E esse, no
cochilo espera amanhecer
Quando vê
tão depressa a noite se foi
E o guarda
tão só pensa em viver
O seu dia
sozinho e a noite um depois
Arquiteta
seus passos, seu olhar, seu zelo
Guarda
noturno guarda tão bem,
Sentindo o
frio em sua face e o medo
Percebe que
guarda, só não guarda alguém.
Por isso, da
noite amigo se tornou
Coração
solitário, guardião da saudade,
Vigiou,
espreitou, tudo observou
Ficando na
lembrança cada imagem.
E no retrato,
um guarda uniformizado
Lembra da noite
que um dia zelou,
Mas, hoje é
a noite que dorme ao seu lado
Trazendo à
memória a vida que passou.
Rosi
Leonardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário