MANUEL RODRIGUES
FLORENTINO, mais
conhecido como “Coronel Florentino” nasceu em Portugal, em 1813 e era neto do
desbravador português Antônio Joaquim Rodrigues Florentino. Ainda pequeno, Veio
de Portugal, com seus pais, para a província de Pernambuco, aportando no
Recife. Ali viveu por algum tempo onde também aprendeu a ler e a escrever. Já
rapaz, casou-se com dona Maria Merenciana Cordeiro, natural da região do Brejo
da Madre de Deus, também daquela província pernambucana, com quem teve 13
filhos. Intencionado em adentrar ao interior da Província, passou a colher
informações acerca da existência de terras férteis e ainda desocupadas.
Chegada a Princesa
Tendo notícias de que no interior da província de Pernambuco,
existiam terras excelentes para a agricultura, viajou mais de quatrocentos
quilômetros para, finalmente, em 1840, se alojar num pedaço de terra da
província parahybana que fazia fronteira com Pernambuco, mais exatamente, numa
terra ainda desconhecida de muitos, chamada Patos (atual Povoado de Patos de
Irerê), hoje pertencente ao município de São José de Princesa. Era aquele lugar
o que mais progredia na região. Porém, com o passar do tempo, o então Povoado
de Bom Conselho, próximo a Patos, passou a crescer rapidamente, tornando-se o
núcleo populacional mais desenvolvido da região e o já tenente-coronel
Florentino, transferiu-se para lá, por volta de 1850, assumindo o comando
daquele Termo. Segundo o historiador Paulo Mariano, em seu livro: “Princesa – Antes e Depois de 30”: “(...) Aquele destemido e esperançoso
português trabalhou a terra e povoou a região, tendo contado para tanto, com
numerosa prole. Ao todo, 13 filhos. Do casal descendem as famílias: Florentino,
Cordeiro, Cazuzão, Lima, Antas e Rodrigues.”.
O coronel
Aos 24 anos de idade, com a criação da “Guarda Nacional”,
pela Regência “Una”, comandada pelo padre Diogo Antônio Feijó, Manoel Florentino,
ainda em Pernambuco, foi agraciado com o título de “Tenente da Guarda Nacional”,
que, mais tarde, em 1853, seria elevado a “Coronel” e passou a ser o comandante
daquela Guarda em toda a região de Princêza. Foi Florentino, o primeiro homem a
exercer efetiva influência política na região. Organizou a administração pública quando, investido
da patente de coronel, exercia poder sobre tudo no Povoado que ainda pertencia
ao termo de Piancó. Mandava em tudo. Era o comandante do Partido Conservador no
então Povoado de Bom Conselho que comandou, por 22 anos, até sua morte, em
1875. Em associação com o padre Francisco Tavares Arcoverde, o coronel
Florentino, mandou construir a antiga Igreja do então Povoado de Princesa,
iniciada a obra em 1868 e findada em 1875, além de vários dos imóveis mais
importantes da nascente Vila de Princesa.
Há informações de que seu falecimento precoce se deu pela
contrariedade de ver revogado o Decreto que transformara o Povoado de Bom
Conselho em Vila, com o novo nome de Princêza. Na qualidade de chefe do Partido
Conservador foi, o coronel Florentino, o maior incentivador para a promoção da
emancipação da Vila de Princêza que, como vimos, foi revogada por questões
políticas e, mais tarde, em 1880, restaurada, já sob o comando do chefe do Partido
Liberal, o coronel Marcolino Pereira Lima. Hoje, em homenagem ao Coronel que foi
o primeiro mandatário político de Princesa, existe apenas uma placa de rua (a
chamada “Rua Nova” que desce em frente à Igreja Matriz) ostentando o nome desse
princesense ilustre. Porém, com essa rememoração histórica, trazemos à luz
algumas informações sobre esse ilustre, que está mais para pai do que para filho
de Princesa.
Obs.: A maioria das informações contidas neste breve Perfil Biográfico,
foram extraídas do livro do escritor princesense PAULO MARIANO: “Princesa – Antes e Depois de 30” –
Ideia – 2015 – João Pessoa/PB.
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