O espetáculo mambembe, a que o Brasil assistiu no dia do
aniversário de seus 200 anos de Independência - promovido pelo mais alto
magistrado da Nação -, foi algo que ficará marcado, nos anais da República,
como um dos momentos mais vexatórios já registrado numa manifestação pública.
Pela importância do Brasil, no concerto das nações, a repercussão internacional
nos deixou, a todos, envergonhados pelo comportamento chulo do nosso presidente
da República.
Em discurso público, pronunciado de um palanque, por ocasião
das comemorações do Bicentenário da nossa Independência, o presidente Jair
Messias Bolsonaro – misturando solenidade cívica com campanha eleitoral -, após
louvar a Deus e beijar a boca de sua esposa, a primeira-dama, Michelle
Bolsonaro, autoproclamou-se: “imbrochável!”. Isso mesmo! E não parou por aí
quando puxou um coro repetindo essa intraduzível palavra, no que foi
acompanhado por alguns dos que o escutavam.
O constrangimento promovido pelo presidente não parou por aí.
A imprensa mundial se viu incapaz de traduzir esse neologismo chulo e obsceno;
os pais se viram em saia-justa para explicar aos filhos o que significava
aquela palavra; os evangélicos ruborizaram diante desse pronunciamento contido
de termo reprovável e, o resto do Brasil, envergonhado, se viu ridicularizado
perante o mundo, por ser comandado por uma figura caricata, que sem postura,
desmerece o cargo que ocupa.
A palavra “imbrochável” não consta em nenhum dos nossos
dicionários. É um termo chulo, de baixo calão que, usado em roda de conversas
obscenas, mais se traduz como uma pornografia. Jornais de primeira linha, como
o americano THE NEW YORK TIME,
tiveram dificuldades em traduzir o significado do termo. Até as pessoas que ali
estavam, a escutar a fala do presidente, em sua maioria, se recusaram em
repetir o coro. No exercício da função de presidente da República, Bolsonaro
aproveitou o Dia da Pátria para dizer à Nação que não sofre de disfunção
erétil. De um presidente oriundo do baixíssimo clero, não poderíamos esperar
respeito à liturgia do cargo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário