Semana passada, em rápida menção, escrevi matéria abordando
sobre a desimportância da Paraíba no contexto da formação do primeiro escalão
do governo Lula (PT). Nunca, em tempo algum, O Nordeste foi contemplado com
tanta força na composição de um governo da República. No entanto, a Paraíba, é
a única Unidade da Federação, que compõe a região Nordeste, que não tem um representante
no Ministério do novo Governo da República.
Isso não deve ter ocorrido por motivos eleitorais, uma vez
que, a Paraíba, contribuiu com mais de 64% de seus votos para a eleição de
Lula; enquanto o estado de Alagoas – o que deu menor percentual de votos ao
petista – foi agraciado com o importante Ministério dos Transportes, ocupado
pelo ex-governador, Renan Filho (MDB).
Em tempos passados, a Paraíba, tanto foi relegada a um
segundo plano, quando preterida na consulta para a escolha do candidato à
presidência da República que deveria substituir ao presidente Washington Luís, em
1930, como foi também bastante lembrada, na formação dos governos de Getúlio Vargas,
Jânio Quadros, João Goulart, José Sarney e Dilma Rousseff.
Em 1930, Getúlio nomeou José Américo de Almeida para a
importante pasta da Viação e Obras Públicas; no governo Jânio Quadros, João
Agripino foi o ministro das Minas e Energia; em 1963, João Goulart escolheu
logo dois paraibanos para compor seu Ministério: Abelardo Jurema para a Justiça
e, Celso Furtado, para o Planejamento; em 1986, Sarney nomeou Celso Furtado
para a Cultura e, no governo Dilma Rousseff, Aguinaldo Riberio foi o ministro
das Cidades.
Desta feita, porém, o nosso pequenino Estado ficou de fora.
Parece até, que o destacado protagonismo desempenhado pela Paraíba, em 1930,
gastou todas as suas fichas ou, por outra, está falta de prestígio político ou
de quadros com credenciamento para executar tarefas administrativas. O certo é
que, a Paraíba – “pequenina e boa” como dizia o ex-presidente, Epitácio Pessoa
-, desta feita, ficou fora do concerto da Nação.
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