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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

O crime do Mata-Sete

Ninguém, em sã consciência pode defender o ato macabro, cometido por Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, mais conhecido por “Gonzaga Cacimba”, quando dizimou uma família inteira, em 29 de junho de 1979, na Zona Rural (Sítio Caldeirão) de Princesa. A chacina, ficou conhecida como “O crime do Mata-Sete”. Escutando matéria veiculada pelo site “Nordeste Fantástico” – eivada de mentiras -, acorro aqui, com o intento de consertar erros cometidos pelas inverdades ali contidas. Para o crime de Gonzaga Cacimba, não há perdão, como não pode haver também para os que o exploram em busca do sucesso midiático ou do lucro financeiro.

É certo que foi, Gonzaga Cacimba, o executor do hediondo crime a que nos referimos acima. No entanto, o relato ao qual me refiro, está eivado de inverdades. Pelas pesquisas realizadas que fiz, para pôr no papel, um sucinto relato sobre aquele terrível crime, nada encontrei que corrobore o contido nesse relato. Gonzaga Cacimba, nunca cometeu crime anterior ao do Sítio Caldeirão, tampouco, seus filhos, o acompanharam em crime algum. Pelo contrário, sua família, após a tragédia do Sítio Caldeirão, esfacelou-se, dispersando-se pelo Brasil afora, numa desagregação total.

No áudio referido, Gonzaga Cacimba, chegou a aterrorizar a capital paraibana, João Pessoa, quando desafiou a Polícia Militar da Paraíba, ao cometer roubos, furtos e assassinatos, quando havia se transformado em perigoso pistoleiro. Tanto o resultado das minhas pesquisas, quanto o que consta num Memorial, escrito por uma neta de Cacimba, não há registro desse comportamento belicoso de Gonzaga. Na verdade, a mídia escrita, à época, aproveitou o ensejo para pintar Gonzaga com nuances de um monstro, com o único interesse de vender jornais.

Eximir Gonzaga Cacimba de culpa ou, minimizar seu ato criminoso, seria por demais irresponsável e desumano. Seu crime foi terrível e sem perdão, quando assassinou sete pessoas inocentes, sem lhes dar condição alguma de defesa. No entanto, fazer relatos inverídicos, apenas com o intuito de auferir lucros com a comercialização de notícias falsas, é também um crime, que presta desserviço à informação. O livro, de minha autoria, intitulado: “Amor, Pecado e Sangue”, relata com fidelidade à verdade, esse crime que tanta repercussão causou à época.



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