Escutando o programa radiofônico, “Tribuna Popular”, através
da Rádio Web Princesa, no último sábado (25), que é comandado pelos suplentes
de vereador, Cabo Domingos e Márcio Caboclo – diga-se de passagem, uma
necessária voz de oposição -, me chamou a atenção uma denúncia, veiculada por
Márcio Caboclo, sobre a liberação, pelo prefeito Nascimento, de cheques no
valor de R$ 500 para que, presidentes de Associações Comunitárias, possam financiar
feijoadas comemorativas do Dia da Mulher, em várias comunidades rurais do
município.
Beleza, tudo bem; as mulheres merecem sim a comemoração de
seu dia. Todavia, a forma como esses cheques estão sendo liberados, não me
causou estranheza, mas sim, espanto quanto à banalização pelo uso do dinheiro
público de forma irregular e tão descarada. Senão vejamos: Segundo Caboclo, o
cheque de R$ 500, é liberado mediante a lavratura de um laudo médico, que
destina esse dinheiro para tratamento de saúde, no nome de uma pessoa da
confiança do prefeito e de alguns vereadores, mas, destinado a financiar a tal
feijoada.
Não fosse isso uma praxe, essa denúncia seria uma “bomba”.
Mas, não. Aqui em Princesa, isso já se tornou banal. Tudo o que o prefeito
Nascimento promove para a distribuição de benefícios sociais, é feito através
de cheques. É cheque para a distribuição de botijões de gás; é cheque para a
concessão de cestas básicas; é cheque para tudo. A situação se agrava porque,
os cheques, são nominais aos beneficiários, endossados pelos mesmos, mas são
retidos na Secretaria de Finanças enquanto, os agraciados, recebem os
benefícios, no mais das vezes, pela metade.
Recentemente, quando da distribuição de cestas básicas, os
beneficiários endossaram cheques no valor de R$ 250, mas, só receberam uma
feirinha em valor inferior a R$ 100. Agora, a situação se agrava mais ainda,
quando a burla envolve dinheiro que deveria ser destinado à Saúde do povo. Segundo
Márcio, o cheque de R$ 500, em tese, seria para custear tratamento de saúde de
alguém, mas, na verdade, se destina à compra de feijão preto, pés e orelhas de
porco, para a feitura de uma feijoada política e, o troco, certamente, servirá
para financiar a prosperidade de Nascimento e dos que estão no seu entorno. É o
império dos cheques e da imoralidade administrativa.
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