Ontem (14), o Papa Francisco completou 10 anos de seu pontificado. De forma simples, como é o seu jeito, comemorou apenas com uma missa na capela da Casa de Santa Marta, onde reside. Francisco, que foi eleito papa já com idade avançada (76 anos), mesmo assim, nesse decênio de ministério, disse a que veio. Sua Santidade, desamarrando laços e quebrando amarras milenares, já no início de sua jornada como chefe da Igreja Católica, fez declarações inusitadas para um Papa, quando disse, com relação às pessoas homossexuais: "Quem sou eu para julgá-los. Todos são filhos de Deus"
Com isso, Francisco, deu a entender que a Igreja que ele comanda, está aberta para as novas tendências dessa sociedade pós-moderna. O Papa determinou o acolhimento de casais separados de volta ao seio da Igreja; reformou a Cúria Romana; abriu espaços para as mulheres participarem nas decisões da Santa Sé; viabilizou a punição de padres e bispos fornicadores; tornou transparentes os negócios do Vaticano quando reformou o Instituto de Obras da Religião - IOR (Banco do Vaticano), enfim, empreendeu reformas impensáveis na Santa Madre Igreja.
Em que pese já estar com quase 87 anos de idade, doente e na iminência de renunciar ao cargo, Francisco, prima por uma Igreja inclusiva promovendo a pavimentação para mudanças que colocarão a Igreja Católica em sintonia com os tempos atuais. O próximo Papa - ao que tudo indica - deverá ser um jovem com tempo para implementar as importantes medidas do atual e, sem dúvidas, deverá ser identificado com Francisco. Afinal, dos 223 cardeais, 111 foram nomeados por Francisco, sendo que, do total, apenas 123 votarão para a escolha do próximo Papa.
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