Dimas Batista, grande repentista pernambucano, era galego e abastado. Certa vez, cantando com o piauiense, Domingos da Fonseca, que era negro e pobre, tentando depreciar o colega, terminou uma sextilha dizendo:
Domingos além de pobre
Pertence à mais triste cor.
Injuriado com o preconceito e, tentando refutar a discriminação, Domingos da Fonseca, rebateu com a seguinte estrofe, que se tornou antológica;
Falar em pobreza e cor
É um grande engano seu, Morra eu e morra o branco
Enterre-se o nobre e eu, Que depois ninguém separa
O pó do branco do meu
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