Apeado do poder pelas urnas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, transformou-se num rei midas ao contrário em tudo que toca, desmantela. Quase todos que o acompanharam, que seguiram suas orientações ou que se submeteram aos seus caprichos, estão agora recebendo a fatura. Como quem hipnotiza os que o cercam, Bolsonaro induziu muitos a fazerem coisas erradas e, agora, diz que não tem nada a ver com isso.
Desmoralizou parte das Forças Armadas (quem não lembra daquele desfile de tanques de guerra fumaçando pela Praça dos Três Poderes?); pôs em maus lençóis o ex-ministro Anderson Torres; acanalhou com os ministros do TSE e do STF e, agora, abandona o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, aquele que falsificou carteiras de vacinação sua [de Bolsonaro] e de sua filha menor.
Na verdade, Jair Bolsonaro veio de encomenda. Um deputado do baixíssimo clero, sem expressão alguma, conseguiu estabelecer-se no poder num momento de grande crise política e, dentro de quatro anos mostrou-se totalmente incompetente na arte de governar e de conviver democraticamente com os demais poderes. Como resultado de tudo isso, legou um desmonte nunca visto e, após bagunçar o coreto, foi derrotado nas urnas. Mesmo assim, estranhamente, ainda há quem o aplauda. Bolsonaro não tem adeptos políticos mas sim, devotos.
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