No Nordeste brasileiro
Meio a caatinga e mormaço,
Numa época em que a lei
Era na bala e no braço,
Viveu por essa ribeira
O Virgulino Ferreira
Lampião, Rei do Cangaço.
Ocupando cada espaço
Viveu por esse torrão,
Implantou a sua lei
Sem pena, sem compaixão,
Combateu a covardia
Dizendo que não servia
Pra se firmar no sertão.
Despertou veneração
Foi amado e odiado,
Mesmo sendo controverso
Pelo sertão é lembrado,
Que no punhal e no braço
No cenário do cangaço
Edificou seu reinado.
Procurado por volantes
Caçado como bandido,
Sem ter sossego um instante
Fora sempre perseguido,
Escapou de mata em mata
Mas ao vê uma mulata
O capitão foi vencido.
Maria Bonita foi à bela
Que enfeitiçou Lampião,
Da fera mais perigosa
Foi dona do coração,
Entre justiça e terror
Viveram um grande amor
Nas caatingas do sertão.
Lampião seguiu vivendo
Por todo esse rincão,
Dando fim aos traiçoeiros
Existentes no sertão,
Mas o que mais combateu
Um dia lhe apareceu
Na primeira refeição.
A maldita traição
Informou o matador,
E na grota do angico
A cena foi de terror,
Lampião foi metralhado
Com Maria Bonita ao lado
No final de um grande amor.
Poeta cordelista
Rena Bezerra
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