Mesmo parecendo esquisita esse greve de prefeitos, ninguém
pode dizer que não é legítimo os gestores paraibanos solicitarem aumento nas
quotas do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. É claro que, quanto mais
dinheiro, mais obras e mais serviços a edilidade pode oferecer à população. É
claro também que, quanto mais dinheiro no caixa, mais os prefeitos desonestos
fazem a sua festa particular. Mas isso não vem ao caso agora.
O que se vê, no momento, são prefeituras em greve, na busca
de mais recursos ou da reposição do que perderam. Acontece que os prefeitos se
acostumaram com as generosas verbas para o combate à covid-19 e, de lá para cá,
não se curaram dessa avidez. Não se programaram e, agora, findo o tempo das
vacas gordas, estão no mato sem cachorro. No entanto, não podemos generalizar,
pois, nem todos os gestores que fecharam as portas de suas prefeituras estão em
crise braba.
Na nossa região, por exemplo, só temos notícias de atrasos
salariais e de descalabro no atendimento à Saúde na prefeitura de Princesa. Nas
demais prefeituras - se estão em crise - pelo menos os serviços essenciais
estão funcionando e, os salários, estão em dia. O que se suspeita é que o
prefeito de Princesa, que gastou milhões contratando bandas caríssimas e
aumentando o seu próprio salário de forma astronômica, está pegando carona na
crise para justificar sua falta de planejamento e lamentar a falta de dinheiro
para manter sua prosperidade.
No tocante ao caso de Princesa, é notória a falta de
responsabilidade do nosso alcaide, quando em discurso na frente da Assembleia
Legislativa, disse que a crise por que está passando o município é culpa do
reajuste da tabela do Imposto de Renda. Ora, esse reajuste aconteceu semana passada
e, os salários dos servidores contratados e comissionados estão atrasados desde
o final do ano passado. Quanto à Saúde, todo mundo sabe que esse setor não vem
funcionando há vários anos. Trabalhar com planejamento e responsabilidade é uma
coisa, pegar carona e mentir, é outra coisa.
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