Corroborando uma praxe que é a de falar mal do Nordeste, o
governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), no último fim de semana,
declarou que as regiões Sul e Sudeste deveriam criar um Consórcio dos Estados
dessas duas regiões para fazer frente aos benefícios recebidos pelos nove
Estados nordestinos, acrescentando que o governo federal deveria ter um olhar
menos complacente com as “vaquinhas que dão menos leite”, numa referência
pejorativa e preconceituosa quanto aos nove Estados da região Nordeste.
Lá atrás, em junho deste ano, Zema já havia afirmado que são
7 os Estados que contribuem para o desenvolvimento do Brasil, numa referência
aos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E afirmou o equivalente a que o Nordeste
vive dependurado nas tetas do Governo Federal a receber benefícios sociais.
Essas declarações causaram grande repercussão negativa, o que incitou aos bolsonaristas de extrema direita a
pregarem a separação de fato.
Esse tipo de comportamento em nada contribui para a unificação do país que ficou dividido desde a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder. Em contributo a esse estado de coisas, Romeu Zema só ajuda a aumentar mais ainda esse distanciamento entre os brasileiros do Norte em relação aos do Sul. Com olhos postos na sucessão presidencial de 2026, o governador mineiro, em busca da simpatia dos radicais, promove, com sua fala preconceituosa, a dissenção no meio político e social do Brasil.
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