Aqui no Sertão é assim. O povo respira política durante o ano
todo. Fecham-se as urnas de uma eleição, abrem-se, imediatamente, as da eleição
seguinte. Falo da região polarizada por Princesa onde, em quase todas as
cidades do entorno, a campanha eleitoral para a escolha de prefeitos já está na
boca do povo e, de especulação em especulação; acontecem rompimentos, formam-se
chapas e tudo já se apronta antes da hora.
Em Tavares, as notícias dão conta de um iminente rompimento
do doutor Ailton com o prefeito Coco de Odálio. Em Juru, a mesma situação se
afigura entre a prefeita Solange e o ex-prefeito Luís Galvão. Parece até que os
criadores estão negando paternidade às suas criaturas, o que só complica as
coisas, quando o mais inteligente seria esperar mais quatro anos e se revezarem
no poder, sem traumas e sem dar chances para o surgimento de uma oposição
forte.
Nos demais municípios, a exemplo de Manaíra, o ex-prefeito
Nel já se prepara para o retorno ao poder e, o prefeito doutor Messias, diz que
vai tentar a reeleição. Em Água Branca, até agora uma incógnita, lá é Firmino x
Firmino e o que dizem é que o candidato do prefeito Tom (ainda não anunciado)
não perde pra ninguém. São José, dispensa comentário. Ali, a fatura já está
liquidada com a indubitável reeleição do prefeito Juliano Matuto.
A situação se complica em Princesa, onde, além de não ter reeleição,
a situação do prefeito, sem um candidato definido e, às voltas com nomes que
não apresentam competitividade, tá aperreado com a união dos Moura com Sidney
e, de quebra, com a notícia da vinda de uma Matuta com vontade de entrar no
jogo. Num ponto, a oposição sai na frente quando conta com nomes do quilate de
Alan Mora, Rúbia Matuto e Sidney Filho (pela ordem alfabética), enquanto a
situação relaciona nomes sem a menor expressividade.
Do lado do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, contam apenas
com a força das “máquinas” - municipal e estadual - mas têm também de arcar com
o desgaste administrativo do alcaide que coleciona problemas como: salários
atrasados, falta de dinheiro e de credibilidade na praça, além da arrogância
que dá o tom da campanha quando o prefeito diz que ninguém vai votar em nomes,
mas sim, nele. Os níveis são diferentes em tudo, inclusive nas avaliações. Quem
viver, verá.
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