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terça-feira, 17 de outubro de 2023

O horrores da guerra chocam o mundo

Numa guerra como a que acontece agora, no Oriente Médio, envolvendo o Estado de Israel e o grupo extremista Hamas, tudo faz crer que não somos mesmo civilizados. Primeiro, o Hamas ataca uma das potências bélicas mais preparadas do mundo e, de surpresa, massacra civis inocentes que não têm nada a ver com as querelas políticas que envolvem interesses internacionais inconfessos. O Serviço Secreto israelense - tido como de excelência - não foi capaz de prever esse ataque que fez mais de 1000 vítimas do lado judeu.

Na esteira do ataque terrorista do Hamas, Israel – inicialmente com razão para defender-se do ataque surpresa – empreende agora uma guerra insana contra tudo e contra todos, matando pessoas como se fossem passarinhos e, antes do massacre, fazendo-as passar fome e sede, além de privá-las de energia, água, de quaisquer meios de comunicação e até de assistência médica. A burrice acende em todos o instinto animal que só pensa em matar, esquecendo-se, os contendores, do sentimento humanitário.

O Hamas, “passou manteiga na venta de Israel” quando, durante mais de dois anos fingia promover negociações de paz e, ao mesmo tempo, preparava o ataque terrorista. Pegou os judeus de calças curtas, e estes, por uma vingança alimentada pela vergonha do fracasso de não ter sabido se defender, não estão poupando nada nem ninguém. Até hospitais, escolas e ambulâncias estão sendo alvos de bombardeios devastadores. São os horrores da guerra. Enxurradas de mísseis deixam milhares de mortos e muita angústia e sofrimento nos que escapam.

Tudo isso nega o sentido da propalada civilidade humana. O direito de atacar para se defender é sagrado, porém, o massacre indiscriminado é inaceitável. Sem falar nas preocupações que sobram para o resto do mundo quando se sabe que aquela região, eternamente conflagrada por motivos religiosos é também palco de disputas políticas entre as maiores potências bélicas e econômicas do Planeta. Estados Unidos defendem Israel de forma incondicional, enquanto Rússia e China são aliadas dos palestinos, e estes, coitados, sob fogo cruzado há mais de 75 anos buscando em vão por uma pátria.

Na iminência de uma incursão das tropas israelenses por terra em busca da total ocupação da Faixa de Gaza e com o intuito de eliminar de vez o grupo extremista Hamas, as perspectivas são de mais mortes em curtíssimo prazo, sem falar na possibilidade de o conflito se estender para o norte de Israel em confronto com outro grupo extremista, o Hezbollah. São pouquíssimas as perspectivas de paz e, altíssima, a probabilidade de a guerra se estender para toda a região com consequências nefastas para todo o Mundo. Infelizmente, o que se vislumbra agora é a paz dos cemitérios.



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