ODE

domingo, 24 de dezembro de 2023

Mesmo bem articulada a entrevista da secretária Ana Paula destoou da realidade

Inicialmente, parabenizar o jornalista, Júnior Duarte, tanto pela condução da entrevista da secretária de Educação de Princesa, quanto pela isenção e imparcialidade demonstradas o que, não sem surpresa, vimos observando desde a entrevista do vice-prefeito, José Casusa. Em sua fala, a entrevistada, professora Ana Paula, em que pese muito bem articulada e com boa impostação de voz, eivou-se de bajulações ao prefeito e de mentiras sobre a atual gestão municipal.

Em busca da indicação do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento para figurar na chapa eleitoral como candidata a prefeita de Princesa nas próximas eleições, a secretária não mediu palavras para elogiar o alcaide e sua administração. Aliás, palavras que não poderiam ser articuladas por uma educadora: “partícipa”, “reinterar”, “aprendizaje”, dentre outras. Além desses escorregos, a professora, que se disse “especialista em língua portuguesa”, num explícito exercício bajulatório, laureou Nascimento como o melhor prefeito da história do município.

Repetindo a fala de Brás, o tesoureiro, a professora, em sua fluência, admitiu que poderá disputar apenas um mandato e que cederá a vaga para Nascimento nas eleições de 2028. Muito convencida da vitória, a entrevistada chamou os componentes da oposição de figurinhas repetidas e admitiu que, em sendo eleita, seguirá a orientação do atual prefeito e que implementará mudanças, mas sempre com o aval de Nascimento. Ou seja, uma perfeita continuidade do que está aí.

Sem apresentar projeto algum, a secretária, ateve-se aos costumeiros louvores ao “sucesso” da Educação do nosso município. Sucesso esse baseado em mentiras vendidas para a população como se fora verdades, mas que muito vêm prejudicando os escolares da Rede Municipal de Ensino. Encabeçando esta matéria, está reproduzido o resultado de um ditado feito com três crianças de 13, 11 e 10 anos, estudantes das escolas: “Carlos Alberto”, “Iracema Marques” e “José Rodrigues Maia”. Apenas o aluno da “Iracema Marques” acertou uma única palavra. Já os das duas outras Escolas – que são municipais -, erraram todas.

Esse ditado foi feito concomitante à entrevista concedida pela secretária. Esses meninos – de quem eu preservo as identidades -  estavam, ontem (23), na minha casa, se divertindo com meus netos e, em face da afirmação da especialista em língua portuguesa, de que a Educação de Princesa tem um índice de fluência de 95% em leitura, aproveitei para aferir essa realidade, o que se constata uma perfeita mentira. Ademais, vale lembrar que mesmo sendo, a Educação de Princesa, algo de “excelência”, vários filhos de professores da Rede Municipal estudam em Lagoa da Cruz e em Jericó. O descompromisso com a verdade - o que é uma prática do alcaide - contaminou também os que desejam essa continuidade.



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