Em discurso proferido no meio da semana, após vitória nas
eleições primárias dos estados do Alabama e New Hampshire, no processo de
escolha do candidato do partido Republicano à presidência da República dos
Estados Unidos, o ex-presidente e pré-candidato, Donald Trump, acendeu a luz
vermelha quando afirmou que, se eleito, promoverá a vingança contra todos os
que o “perseguem” hoje: políticos, juízes, empresários, etc.
Essa afirmação é preocupante porque esse filme já passou
outras vezes na história do mundo. Quem não lembra de Adolf Hitler na Alemanha
que ascendeu ao poder com um discurso de ódio que envolveu, inicialmente,
metade da população daquele país e depois, disseminou-se ao ponto de levar o
mundo à II Guerra Mundial e ao Holocausto, tragédia que dizimou milhões de
seres humanos.
Preocupa mais ainda o fato de que, a Justiça americana, em
exercício de plena democracia, permite que um homem que responde a 91 processos
judiciais possa ser candidato a um cargo eletivo de tamanha importância como o
que ele concorrerá. Sem falar no precedente quando Trump foi o principal
estimulador do atentado ao Estado Democrático de Direito daquela Nação, em 6 de
janeiro de 2021, tentando impedir a validação da eleição de Joe Biden.
Agrava-se a situação quando essa vingança prometida e esse
discurso de ódio poderão ser validados pelo veredicto das urnas. Donald Trump,
com gosto de sangue na boca, quer retornar para usar o cargo em benefício de um
segmento que cresce num mundo conflagrado em guerras, vulnerável, portanto, a
acontecimentos que poderão muito bem levar a humanidade à derrocada total.
Lamentável que isso esteja existindo na maior e mais forte democracia do mundo.
A História dá exemplos que se repetem inexplicavelmente.
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