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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A máquina, tanto ajuda quanto atrapalha

Igual ao trem de Luiz Gonzaga que partiu de Teresina pra São Luís do Maranhão quando, movido a lenha, tanto queimava como atrasava, podem ser as chamadas máquinas públicas nas eleições. Do jeito que ajudam, podem atrapalhar também. Exemplos disso nós já vimos ao longo do tempo, tanto no âmbito municipal como no estadual e no federal, quando prefeitos, governadores e presidentes que estavam no poder não conseguiram se reeleger e, alguns, também não lograram êxito na eleição de seus sucessores.

Até em Princesa, temos exemplos disso. Em 2000, Assis Maria era o prefeito e, concorrendo à reeleição, foi derrotado por doutor Sidney - um candidato que diziam, sem popularidade e que, nem o vidro do carro abaixava - com uma maioria de quase mil votos. Em Pernambuco, Miguel Arraes - um mito da política nacional - foi derrotado também quando buscava a reeleição. O exemplo mais recente é o de Jair Bolsonaro quando, em que pese ter feito todo tipo de concessão com o dinheiro público, mesmo assim, foi derrotado por Lula.

No mais das vexes, a máquina ajuda. Para isso, é necessário que o gestor saiba usá-la. No entanto, outras coisas também contribuem para a vitória ou para a derrota. Comportamentos, por exemplo, são fundamentais para atrair a confiança dos eleitores e também, os nomes que são apresentados. Afinal, o eleitor de hoje não é mais escravo do partidarismo; ele muda seu voto como quem muda de camisa e, quando o concorrente da oposição se apresenta fortalecido, essa mudança acontece mais depressa ainda. Às vezes, a máquina queima a lenha, mas o trem só faz atrasar.



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