ODE

terça-feira, 30 de julho de 2024

A “maimota”

Fato engraçado ocorrido em Princesa refere-se ao pagador das tropas da campanha beligerante do coronel Zé Pereira, durante a “Guerra de Princesa”. Eige Kumamoto era um japonês de origem que chegou a Princesa na década de 1920. Trazido do porto do Recife pelo coronel José Pereira, aqui chegando, o japonês, causou o maior frisson. Com seus olhos puxados, miudinho de estatura e sem falar uma única palavra em português, “Iês” – como passou a ser chamado, constituiu-se alvo da maior curiosidade.

Conta-se que, os moradores da rua de Princesa, estando todos ansiosos para ver o japonês que Zé Pereira havia trazido da capital pernambucana, exigiram do coronel que o apresentasse. Atendendo àquela ansiedade coletiva, o coronel pôs Kumamoto sentado numa cadeira, próximo a uma das janelas de sua casa, situada à “Rua Grande” (atual Rua Coronel Marcolino Pereira), que dava para a calçada da referida rua, e logo se formou longa fila para ver de perto o estrangeiro.

Todos olhavam admirados aquela figura esquisita. Um dos curiosos - que já havia tomado umas lapadas de aguardente - chegada a sua vez de ver o oriental, debruçou-se na janela, por fora e, vendo o japonês, perguntou como era o nome dele, ao que um dos empregados do coronel que estava ao lado da “atração, respondeu: “chama-se Kumamoto”. Aí, o bêbado, soltou uma gargalhada e disse: “Ôxe, é uma maimota mêrmo”.



 

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